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"Nós temos a maior extensão de litoral no Brasil, mas não possuímos terminais pesqueiros. Mas isso agora começa a mudar, com a assinatura deste convênio do programa Pescados da Bahia, que inclui a construção de dois terminais pesqueiros, em Salvador e em Ilhéus. Assim, a Bahia entra definitivamente numa etapa de modernização do seu setor pesqueiro, com grande potencial para ampliar sua produção, hoje a terceira maior do país. Teremos condições de ter uma pesca maior e de melhor qualidade". As afirmativas são do secretário da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária, Roberto Muniz, feitas nesta quarta-feira, 16, durante o ato de assinatura do convênio com o Ministério da Aquicultura e Pesca, na governadoria, no Centro Administrativo da Bahia.
Assinaram o convênio o governador Jaques Wagner, o ministro da Aqüicultura e Pesca (MAP), Altermir Gregolim, o secretário da Agricultura, Roberto Muniz, o presidente da Bahia Pesca, Isaac Albagli, e o superintendente do MAP na Bahia, Marcelino Galo. As duas obras vão custar aproximadamente R$ 20 milhões. Em Salvador, o terminal ficará localizado na Ribeira, na Enseada dos Tainheiros, e em lhéus, o terminal vai ser construído nas instalações do antigo porto da cidade, localizado na Enseada do Pontal, próximo à foz do Rio Cachoeira. Agora, a próxima etapa será a abertura da licitação para o início das obras, que deverão começar entre fevereiro e março do próximo ano.
Muniz lembrou que os dois terminais vão beneficiar mais de 35 mil pescadores nas áreas de abrangência dos dois terminais. Além de Salvador e Ilhéus, onde serão construídos, os terminais vão atender às demandas de seis municípios do Litoral Norte; nove municípios da Região Metropolitana; sete municípios no Recôncavo Baiano; a Região do Baixo Sul, com nove municípios; e o Litoral Sul, com os municípios de Maraú e Itacaré, “É um salto qualitativo e um marco para a pesca na Bahia”, disse o secretário.
Além de destacar o enorme potencial pesqueiro do Estado, o de maior extensão litorânea no Brasil, com 1.183 quilômetros, tanto o governador Jaques Wagner como o ministro da Pesca, Altermir Gregolin, enfatizaram que não era possível admitir que a Bahia não tivesse terminais pesqueiros. Jaques Wagner fez um comparativo com a reforma agrária, afirmando que o Estado fazia sua revolução na água, referindo-se à importância das obras. “Aqui nós temos consumo interno, água e pescado. Faltavam as obras de infra-estrutura, que são os terminais, que agora vão ser feitas”, disse.
O secretário da Agricultura enfatizou a importância da pesca e da aqüicultura no Estado, e destacou que com os dois terminais a Bahia terá condições de beneficiar e comercializar o pescado, com melhores resultados. O secretário Roberto Muniz lembrou que, na aqüicultura, com as reformas que a Bahia Pesca está realizando nas estações de piscicultura, o Estado terá condições de produzir, em 2010, mais de 50 milhões de alevinos, consolidando a posição de terceiro maior produtor de pescado no Brasil.
PESCA ARTESANAL
Para o presidente da Federação dos Pescadores e aqüicultores da Bahia, José Rodrigues, os terminais são fundamentais para o desenvolvimento da pesca artesanal. “Eles são fundamentais principalmente em Salvador, que é uma das capitais que possuem o maior número de consumo de pescado do país, é cercada com a água do mar e não tem infra-estrutura. Portanto, os terminais resgatam a pesca na região e no Estado. É, na verdade, o passo mais importante dado rumo ao desenvolvimento da pesca artesanal na Bahia”, afirmou Rodrigues.
O presidente da Bahia Pesca, Isaac Albagli, destacou que o investimento na construção dos terminais vai colaborar para suprir o déficit na produção baiana, que hoje atende 70% do consumo interno do Estado. “Com os terminais, esse déficit tende a mudar. No futuro, pretendemos construir outro terminal no Extremo Sul da Bahia, para que a costa do estado fique toda estruturada”.
O ministro Altermir Gregolim avaliou que a Bahia tem potencial para aumentar a produção, e afirmou que “por isso está cada vez mais recebendo investimentos federais nesse setor”. Ele afirmou que “além de criar uma estrutura adequada para o desembarque do pescado, estamos investindo no aumento de embarcações para pesca em águas mais profundas”
Gregolim disse que “a atividade pesqueira na Bahia é constituída em grande escala pela pesca artesanal, mas podemos aumentar a pesca oceânica em águas mais profundas no litoral de mais de mil quilômetros. O potencial do Estado é muito grande, seja na pesca quanto na aqüicultura, através da piscicultura”. 16.12.2009 Ascom Seagri / Bahia Pesca Faça seu comentário