“A agropecuária da Bahia tem agora uma verdadeira embaixada na China. Sinto orgulho de ser secretário nesse momento. Nossos produtos poderão ser degustados, apresentados para toda a China, que possui um mercado amplo e forte, com cerca de 1,3 bilhões de habitantes”, declarou o secretário de Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, (foto) ao assinar com o diretor da Agência de Promoção à Exportação na China (Apex), do Ministério de Comércio Exterior, Maurício Borges, contrato oficializando a implantação do escritório da agropecuária baiana em Pequim. Participaram do evento o gestor da Apex na China, César Yu, o chefe de gabinete do governo do Estado, Fernando Schmidt, Wilson Andrade, da Câmara de Comércio Brasil/China, e o superintendente de Política do Agronegócio da Seagri, Jairo Vaz.
De acordo com o secretário Eduardo Salles, o objetivo da secretária não é apenas viabilizar as exportações de produtos da agropecuária baiana, especialmente da agricultura familiar, mas também de atrair investimentos, visando a instalação de indústrias na Bahia, para agregar valores à produção. Salles afirmou ainda que o escritório será colocado à disposição de todas as secretarias de Estado que tenham interesse em estabelecer relações com a China. O escritório vai funcionar em Pequim, nas salas 1.303/05 do China Central Place, 81 Jianguo Road, Beijing.
Para Maurício Borges, a abertura do escritório “é uma grande oportunidade de acesso ao mercado chinês para as empresas baianas e brasileiras. Através dessa parceria, mais empresas baianas poderão ter informações sobre potenciais negócios e investimentos na China”. Borges destacou que “existe um grande potencial para a exportação da Bahia para a China, que tem necessidade de consumo de itens que não consegue produzir para atender a demanda”.
O contrato assinado nesta sexta-feira materializa o protocolo de intenções assinado, no mês de maio passado, durante a Missão da Agropecuária Baiana à República Popular da China, pelo secretário Eduardo Salles, César Yu, gestor do escritório Apex/China; Henrique Almeida, presidente da Associação de Produtores de Cacau, APC; Suemi Koshiama, pelo Instituto da Fruta; Sérgio Pitt, vice-presidente da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia, Aiba; Clóvis Ceolin, pela Associação dos Produtores de Algodão da Bahia, Abapa; Nilson dos Santos Cerqueira, presidente da Associação dos Frigoríficos da Bahia; Claudinor Dutra, presidente da Cooperativa Mista Agropecuária Conquistense, Coopmac, e João Lopes Araujo, presidente da Associação dos Produtores de Café da Bahia, Assocafé. Para os representantes destas cadeias produtivas, “com esta iniciativa a Bahia dá um grande passo e marca um gol de placa”.
Resultados da Missão Baiana à China
Além da implantação do escritório da agropecuária baiana na Ásia, a Missão da Bahia à China, realizada em maio deste ano, rendeu bons frutos, criando possibilidade de atração de investimentos chineses na Bahia nos segmentos de energias renováveis, (biodiesel, solar, eólica e biomassa), da pesca, de carnes, dos grãos, do algodão, da agricultura familiar, e possibilidades de exportação de frutas industrializadas no Vale do São Francisco.
Maior produtor de frutas de mesa, (uva e manga) de exportação do Brasil, o Vale do São Francisco pode passar a exportar sucos e frutas desidratadas e em compota para a China. Esse é o objetivo das negociações iniciadas pela missão da agropecuária baiana à República Popular da China com a Sun-Daity Shandong Shengdetai Food Co. Eles são detentores de alta tecnologia, têm nhow how de industrialização, e os fruticultores do Vale tem nhow how de produção. Essa junção deve gerar excelentes resultados.
Em Pequim, o grupo Pallas International Consultants assinou protocolo de intenções com o governo da Bahia, através das Secretarias da Agricultura, do Planejamento, da Indústria, do Comércio e Mineração, e da Infra-estrutura, representadas no ato pela Seagri, reafirmando sua disposição de investir na Bahia no segmento de energias renováveis, (biodiesel, solar, eólica e biomassa).
Especialistas em pesca oceânica, criação e beneficiamento de peixes, empresários chineses virão à Bahia nos próximos meses, para confirmar in loco as potencialidades e vantagens de investir no setor na Bahia. Á convite do secretário da Agricultura, uma comitiva formada por pesquisadores, empresários do setor da pesca e por representantes do governo chinês, virá à Bahia para negociar a realização de intercâmbio e investimentos no setor de pesca oceânica, criação e beneficiamento de pescados.
Uma comitiva do setor de grãos e algodão também virá à Bahia. A maior trading de algodão, possuidora de um forte parque industrial no setor têxtil também virá, nos próximos meses, ao Estado para discutir a formatação de parcerias com os produtores do Oeste.
Fonte:Ascom Seagri – 13 de agosto de 2010
Josalto Alves – DRT-Ba 931 - Rodrigo Vilas Bôas – DRT-Ba 2368
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