
Por: Michele Ribeiro - 01/03/10 - 23-32-27
O juiz da Vara Crime de Porto Seguro, Roberto Freitas Júnior, decretou a prisão preventiva do secretário de Governo, Edésio Lima. A preventiva foi solicitada pelo delegado Evy Paternostro, que presidiu o inquérito do caso dos professores Álvaro Henrique Santos, 28 anos e Elisney Pereira, 31, ambos dirigentes do Sindicato dos Professores do município. Além do secretário do Governo e Comunicação, também estão com prisão preventiva decretada os soldados da Polícia Militar, Sandoval Barbosa dos Santos, Geraldo Silva de Almeida e Joilson Rodrigues Barbosa.
Os dois professores foram mortos em setembro do ano passado. Elisney morreu na localidade conhecida como Roça do Povo. Álvaro, que presidia o sindicato, morreu após dias internado no Hospital São Rafael. Os policiais são acusados de serem os executores e Edésio Lima, o mandante.

As investigações do caso ocorreram em segredo de Justiça. As suspeitas sobre a participação de Edésio Lima como mandante do crime aumentaram a partir da tentativa de morte contra o motorista do secretário, Antônio Carlos Santos, que teve suspeita de ser “queima de arquivo”. O motorista não sobreviveu.
No dia 06 de janeiro, o secretário prestou depoimento à polícia. Na época, por meio da assessoria de imprensa da prefeitura, Edésio declarou que o governo não tinha interesse na morte dos sindicalistas, que lideravam uma greve e denunciavam à imprensa desvios de verbas da prefeitura.
No dia 29 de janeiro, a justiça divulgou que uma testemunha relacionada ao caso havia sofrido uma tentativa de homicídio. O fato teria ocorrido na noite do dia 19 de janeiro, no bairro Campinho. A vítima teria levado 12 tiros e estaria internada no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães. A vítima está incluída no programa de proteção a testemunhas da Secretaria de segurança Pública.
Logo pela manhã de hoje, o promotor de Justiça do Ministério Público, Dionélis Leone Santana Filho, juntamente com policiais, esteve na Secretaria de Governo e Comunicação, no Centro de Convenções de Porto Seguro, para cumprir o a ordem de prisão preventiva decretada pelo juiz. Contudo, o secretário não estava no local.
Segundo informações de lideranças da APLB, logo pela manhã, quando ficaram sabendo da execução do mandato, se dirigiram ao gabinete do secretário, e viram Edésio saindo em fuga, escoltado por vereadores.

As prisões preventivas de Edésio e dos policiais foram decretadas desde terça-feira, 9 de fevereiro, pelo juiz da Vara Crime de Porto Seguro, Roberto Costa de Freitas Júnior. Segundo informações, o juiz também teria pedido a prisão de outras pessoas envolvidas no crime, inclusive policiais.
Os professores da APLB estão fazendo, neste momento, uma manifestação na BR, em frente à Delegacia Civil de Porto Seguro. Há quem afirme que será aberto processo de impeachment contra o prefeito do município, Gilberto Abade.
Além de ocupar o cargo de secretário de Governo de Porto Seguro, Edésio Lima, é um dos membros da comissão executiva estadual do PSB baiano.
De Sulbahianews.com.br
A polícia ainda não conseguiu prender o secretário de Governo de Porto Seguro, Edézio Lima, acusado de ser o mandante das mortes dos sindicallistas Elisney Pereira e Álvaro Henrique, crimes ocorridos em setembro do ano passado.
Já os três policiais militares acusados de participar do atentado se entregaram nesta tarde de segunda-feira, 1º, durante apresentação ao 8º Batalhão da Polícia Militar, informam dirigentes do Sindicato dos Professores de Porto Seguro. A ordem de prisão preventiva contra os militares foi decretada pelo juiz da Vara Crime, Roberto Freitas Júnior. Por Pimentanamuqueca.com.br
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